CORONAVÍRUS NAS CADEIAS
*CORONAVÍRUS NAS CADEIAS*
Por Adriana de S.Evangelista/ Rio de Janeiro

Em Novembro de 2019 surgiram os primeiros casos de Coronavírus na China até então uma epidemia . O vírus se espalhou em escala global, virando uma pandemia, ceifando vidas e comprometendo a econômia mesmo em países desenvolvidos. Já começou a se falar de saúde e prevenção nas unidades prisionais. O Ministro da Justiça Sérgio Moro em entrevista a Globo News anunciou uma reunião com secretários estaduais de administração penitenciaria(realizada em 12 de março ). Sabemos que as condições de higiêne e ventilação dentro das unidades prisionais não estão dentro do adequado. Assim como a aglomeração já é uma potencializadora da transmissão do vírus. Mas o que se falar do profissional que garante o cumprimento da pena, o Policial Penal? Como preparar e proteger os nossos Políciais Penais? Servidores estes em sua maioria com reflexos do estresse diário vivido dentro das UPs, devido ao baixo efetivo em turmas de plantões e situação de total abandono funcional muitas vezes não tendo o básico para higiênização dentro de uma UP como sabão, álcool em gel, papel higiênico, toalhas de papel, apesar de passarem 24h abrindo e fechando cadeados e grades, fazendo gerais (revista em celas) , fazendo confere (contagem de presos 2x ao dia no mínimo) , muitos servidores com imunidade baixa devido as mazelas sofridas ou doenças adquiridas no cárcere como tuberculose, pneumonia, doenças na pele, câncer, hepatite e etc. Sempre lembrando que o efetivo carcerário também adquirem tais moléstias (falta de saúde ). Neste universo carcerário existe uma rede de pessoas a serem contaminadas caso não haja um protocolo de prevenção e isolamento de possíveis contaminados. O Policial Penal, o encarcerado, a área técnica, os visitantes, os familiares e amigos do policial penal e todos que tenham contato de alguma forma com possíveis contaminados no sistema penal . Urge um plano imediato de prevenção desde o básico como higiênização das mãos ( água e sabão) , uso de máscara , uso de álcool em gel (na falta de sabão e água), evitar contato direto com presos e havendo necessidade usar a máscara (N95) e luvas durante o "confere" por exemplo. suspensão de visitas durante uma possível epidemia, servidores lavarem seus uniformes com produtos desinfetantes ao chegarem em suas casas. Confecção de uma cartilha informativa sobre o COVID19 (coronavírus) distribuída nos complexos penitenciários através dos servidores da área técnica (médicos, enfermeiros , fisioterapeuta, psicólogos, assistentes sociais) orientando sobre formas de contaminações , prevenção, cuidados e quais procedimentos em caso de contaminação, certamente essa iniciativa colocada em prática, pela subsecretaria de tratamento penitenciário da SEAP/RJ, evitaria contaminações e baixas (mortes) tanto de servidores quanto de encarcerados, assim como locais pré estabelecidos de isolamento e entubação devido ao ataque agudo do vírus aos pulmões. Prevenção e canja de galinha não faz mal a ninguém e isso só se consegue com a eficiência de gestores comprometidos com o cargo que lhe é confiado. Enquanto não se tem algo concreto da parte da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária quanto a um protocolo de prevenção, combate e tratamento ao CORONAVÍRUS, segue algumas dicas aos servidores penais retirados de reportagens publicadas na grande mídia por especialistas na área sanitária e medicos : *COMO REDUZIR O RISCO DE INFECÇÃO* 1- Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos com bastante frequência. Na falta friccione-as com álcool em gel 70%. Evite tocar olhos, nariz e boca. 2- Evite aglomerações em ambientes sem ventilação adequada e caso haja necessidade (confere de presos por exemplo) usar máscara N95. 3- Evite contato próximo com pessoas doentes ou com sinais ou sintomas respiratórios, tenha precaução com objetos possivelmente contaminados (corrimão, aparelhos telefônicos , maçanetas, grades, cadeados, molhos de chaves e etc.) *SINTOMAS CORONAVÍRUS* Os sintomas do Coronavírus incluem coriza, tosse, dor de garganta, possivelmente dor de cabeça e talvez febre, que pode durar alguns dias. *OBS: Até o momento, 21/03/2020, não foram distribuídos material de EPI aos Servidores Penitenciários.